terça-feira, 11 de janeiro de 2011

O tiro pela culatra do Faustão


O dia 09/01/2010, foi marcado pela tentativa de Fausto Silva inserir em seu programa vespertino, um saco de pancadas, o eterno apresentador das tardes chatas de domingo, no quadro se vira nos trinta, ao anunciar o potiguar de Paranamirim, Francisco Borges de Oliviera, que viria certamente pra servir de chacota, vaiado, e pra confirmar que nordestino mal serve pra ocupar espaço, tenta a desfazer-se dele, desqualificar o candidato, é claro que o Sr. Francisco não é um exímio cantor, ou possui um inglês perfeito, mas o Sr. Francisco, a quem trato aqui com respeito, cantou com simplicidade e inteligência de um nordestino. E agradou ao público. O apresentador assustou-se quando o maestro da banda, ratificou o publico afirmando que Francisco havia cantado direitinho, e perdurou por cerca de mais de dez minutos no quadro.
Mas ao que interessa alguém que fala de política relatar esse fato. Não simplesmente externar que Fausto Silva foi deselegante. É contar que é o que muitos desacreditam da capacidade de nós nordestinos, na falta de conhecimento, na percepção de outras culturas, abrangência.  Essas coisas não estão ao nosso alcance? Como minimamente falar inglês? Até quando continuarão tais acontecimentos descabidos?
Ao invés de levar o Sr. Francisco, por quem sempre terei admiração, não apresenta ao Brasil Edmar Gonçalves, Davi Duarte, Nilson Lima, ou mesmo o famoso Chico César?  Os artistas nordestinos desapareceram da grande mídia, há não ser, aqueles que se enquadram na proposta deles. E se quer sentem falta do ultimo grande movimento da música, o Mangue Beat.
Essa divisão feita pelas grandes empresas midiáticas, a imposição do consumo dos produtos de entretenimento, é grave, pois não leva conta singularidade, qualidade, apenas importa o enquadramento dos padrões, fenômeno desastroso para um país continental. Onde a historia reparte suas partes e riquezas.
E quando todo o retrocesso histórico está sendo rompido. Aqueles que se acostumaram com a escravidão e viveram bem dela, se contorcem, reclamam, esperneiam, e não se dão por vencidos. Usam de artifícios pequenos e maldosos, como usar um nordestino pra servir de circo num programa nacional.
A política que tem que ser combativa e forte. Por isso se faz urgente e necessário a formulação e defesa da lei das mídias, não falo de censura, mas de controle, ninguém pode acabar com a vida de alguém como queira, ou simplesmente usar de maneira maldosa seus jornais e outros programas, muito mais canais, sejam eles radiofônicos ou televisivos, descentralização e democratização da informação, essa é a verdade sobre a lei da mídia, e não como a rede globo insinua em seus jornais cansados, de que se trata de um ensaio para uma ditadura, no entanto quem deseja a ditadura da informação é família Marinho.
Tenho Dito.

Nenhum comentário:

Postar um comentário